Tiradentes e a República


Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi um militar, dentista, minerador, comerciante e ativista brasileiro, nascido em 12 de novembro de 1746 e morto em 21 de abril de 1792. Nascido na Capitania de Minas Gerais, ficou órfão logo cedo, aos 11 anos, ficando com seu tio, sendo assim não teve uma educação regular. Aprendeu com seu tio o ofício de dentista, que lhe rendeu o apelido de Tiradentes.

Com o tempo se alistou nos dragões, tropa portuguesa que cuidava da patrulha da Capitania de Minas, chegando ao posto de Alferes (equivalente hoje a segundo-tenente). Recebeu o comando da tropa que patrulhava a estrada real, porém ficou descontente porque não subia na hierarquia, desse modo, pediu baixa da tropa. 

Começou a se interessar pelas ideias liberais, vindas do iluminismo e da recente independência dos Estados Unidos.  A inconfidência mineira não conseguiu se tornar uma revolta de fato. Sendo assim, o alferes foi preso, condenado a morte. Foi o único a não ter a pena comutada, devido a pouco importância de sua família e sua baixa patente. Foi escolhido como exemplo, sendo enforcado, decapitado e esquartejado. 

Mesmo com a independência, ficou considerado como um revoltoso e não teve sua honra restaurada. Com o advento da república, os positivistas viram em Tiradentes uma maneira de criar um herói da pátria com as características que o novo governo necessitava, republicano, militar e brasileiro, sendo assim foi desenterrada sua história e ele foi colocado no posto de herói da pátria. 

Nessa mesma época criou-se a imagem que nós conhecemos por ser a de Tiradentes, que o torna parecido com Cristo, essa imagem é imprecisa historicamente, visto que os condenados tinha a cabeça raspada antes da execução. Seu feriado foi criado pelo governo militar em 1965. 


Tiradentes em seu uniforme de Alferes 

         
Cezar Silva 
Professor de História e Pseudo Cinéfilo 


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