Espartáco e a revolta de escravos que abalou Roma

Fundada na região do Lácio como um forte para defender a região do avanço dos Etruscos,  Roma passou por três momentos distintos em sua História: A monarquia, passando pela República e culminando no Império, período mais famoso da história romana. No final da República, principalmente no século I a.C, Roma passaria por um período extremamente conturbado devido as contestações dos menos favorecidos em desfavor de uma política onde apenas os Patrícios lucravam com expansão militar, nesse momento começaram  a surgir lideres carismáticos como Pompeu, César, Crasso, Marco Antônio, Caio Mário, Sula. 

Nesse contexto de expansão Roma acumulou bastantes escravos,  que serviam para todo tipo de trabalho, um desses trabalhos era o divertimento dos romanos. Serviço esse feito pelos gladiadores, escravos que lutavam até a morte nas arenas para o delírio da plebe da cidade eterna. No ano 73 a.C acontece um fato interessante, Espartáco lidera uma revolta de gladiadores.

A revolta começou em Cápua e se estendeu por tora Itália, com grande entendimento militar e força física, os gladiadores liderados por Espartáco vencem várias expedições romanas contra eles, humilhando a maior potência da época. Com a derrota dos cônsules, o senado recorre a Marco Licínio Crasso, o homem mais rico de Roma, que estava precisando de uma vitória que  para alavancar seu nome na política, sendo assim Crasso reúne um exercito enorme e parte ao encontro dos revoltosos. 

Com o tempo começou haver divisões internas na revolta dos escravos e isso a enfraqueceu. Mesmo assim, venceram duas batalhas contra os comandantes de Crasso. Revoltado com essas derrotas, Licínio ordena a dizimação ( que era uma punição ao exercito covarde, onde a cada 10 soldados, um era morto a pancadas para punir a tropa pela mancha na honra de Roma) de seu próprio exercito. Depois dessa punição, Crasso consegue vencer Espartáco, que morre em batalha, nunca encontram o corpo do gladiador. O general vencedor ordenou que os escravos sobreviventes fossem crucificados na Via Appia (estrada de acesso a Roma) como forma de intimidação para os escravos nunca mais se revoltassem. 

A derrota coloca um fim em uma tentativa de melhorar a vida dos escravos, acaba também com esperança de liberdade dos cativos romanos. Sobre a revolta indico o filme Spartacus (1960) dirigido por Stanley Kubrick e produzido e protagonizado por Kirk Douglas. 


Cezar Silva
Professor de História e Pseudo Cinéfilo 

Comentários

Mais Vistos

Guerra de Canudos: Filme épico esquecido pelo grande Público

A Palestina na Época de Cristo: Aspecto Político

Os sumérios: Os inventores da Escrita