Planeta dos Macacos (1968) e o medo de uma guerra nuclear
Um filme bastante importante para a ficção cientifica e para cultura pop é o "Planeta dos Macacos" de 1968, pois introduziu vários conceitos de viagens espaciais e temporais. O mundo distópico dominado por símios foi baseado em um livro homônimo de 1963, escrito pelo francês Pierre Boulle.
Analisando mais profundamente o filme, vemos um aspecto primordial que é sua promoção anti-guerra, mostrando como o homem destruiu seu planeta sendo uma raça que busca o progresso ao mesmo tempo que não consegue conviver com seus irmãos. Charlton Heston interpreta George Taylor um homem amargurado com a vida na terra do final dos anos 60, tanto que se oferece para uma viagem no espaço-tempo. Sem saber ele cai em um mundo dominado por símios, que na verdade é a terra depois de um holocausto nuclear.
O filme busca retratar a maldade humana e sua capacidade de auto-destruição, mostrando também a incapacidade humana de resolver pacificamente suas contendas. O doutor Zayus personagem interpretado por Maurice Evans, demonstra em sua fala essa insensibilidade dos seres humanos.
O final do filme provoca a catarse com a cena em que Taylor descobre que estava na terra a todo tempo e que os humanos haviam destruído sua própria civilização. No momento que ele profere a famosa frase "vocês conseguiram seus maniacos", percebemos como é forte a mensagem anti guerra que a produção tentava emanar para a população.
Por isso, recomendo muito essa película, seja você fã de cinema, seja historiador, seja um pessoa interessada em uma das duas áreas. Pois o "Planeta dos Macacos" é uma obra de uma sociedade assustada com seu fim eminente.
Cezar Silva
Professor de História e Pseudo Cinéfilo
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