Django Livre : Um Justiceiro Negro no Velho Oeste
Quentin Tarantino é um dos meus diretores favoritos, seu trabalho é único, seja na direção, seja no roteiro de seus filmes. Revolucionou o cinema com Pulp Fiction (1994) e seu roteiro não linear, além de ter o elemento cotidiano bastante presente nos seus diálogos. A violência em seu filme é bastante presente, porém a grande quantidade de sangue a torna meio caricata, propositalmente colocada pra diminuir a tensão das cenas mais pesadas.
Nos Atendo ao filme Django Livre de 2012, vemos um Tarantino com as mesma caracteristicas que o levaram ao estrelato. Com um roteiro afiado e uma direção segura conduz a história do ex-escravo Django (Jamie Foxx) e seu libertador e amigo Dr King Schultz (Christoph Waltz), sendo os dois caçadores de recompensas. Django também está a procura de Broomhilda (Kerry Washington) sua esposa, que foi separada dele por causa de uma tentativa de fuga fracassada. Broomhilda está nas mãos de um rico e cruel senhor de terras, Calvin Candie (Leonardo Dicaprio).
O filme vai se passando e vamos vendo o personagem de Jamie Foxx se tornando um herói negro, um justiceiro, principalmente na parte final do filme. Tarantino tenta através do cinema dar uma chance de uma vingança em meio ao ambiente aterrador da escravidão, como fez em Bastardos Inglórios com os judeus em relação aos nazistas.
Ainda no filme é mostrado que Calvin é um entusiasta da pseudociência Frenologia, que é rebatida magistralmente no final do filme. Outro elemento interessante é o personagem Stephen (Samuel L. Jackson) que é um escravo que bajula seu dono, além de ser responsável pela casa do senhor, extremamente racista e apoiador da escravidão.
O filme termina com uma mensagem de vingança contra as crueldades de Calvin Candie e de seu assistente Stephen. Django se torna um especie de herói do oeste, o melhor gatilho do sul, como é dito no filme.
Cezar Silva
Professor de História e Pseudo Cinéfilo
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